quarta-feira, 25 de junho de 2008
Patience
I'm still alright to smile
Girl, I think about you every day now
Was a time when I wasn't sure
But you set my mind at ease
There is no doubt you're in my heart now
........
If I can't have you right now, I'll wait, dear
Sometimes I get so tense, but I can't speed up the time....
Guns N'Roses
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Depois do começo
Diante do fato de que o tempo não pára, e Cazuza que o diga, penso que o ser deve viver a hora exata. Pensar que não existirá felicidade, porque tudo o que se tem feito até agora foi um erro, isso sim é enganoso. Mas... "O que irão pensar de mim?" - as pessoas não sabem nem o que pensar sobre elas mesmas! Eu não sei o que pensar de mim! Ora, então faça-me o favor.
Independente da fase alegre ou triste por qual cada um passa, a atitude de se levantar a cabeça e começar diferente é única e exclusiva. Não estou dizendo que é fácil. Tão pouco afirmo ser isso impossível. Só você sabe o que sentiu em cada segundo do dia que termina hoje. O que você gostou e o que não gostou, não sei dizer. Quem sabe é você. Se terá um dia como o de hoje? Não sei. O que fará para ter um dia diferente? Who knows? Se sua “filosofia de vida” responder a essas perguntas, talvez você tenha um bom motivo para segui-la. ;-)
" E depois do começo o que vier vai começar a ser o fim" - Legião Urbana
domingo, 22 de junho de 2008
Pra se escutar de olhos fechados
Daí pra frente se sucederam muitas noites de festa e muitas outras de desgraça tanto no coração dele como no dela, pois a graça do amor é justamente esse emperrado. Quer, não quer, pode, não pode, quer mas não pode, pode mas não quer,um passa a querer no que o outro desquer e esse só vai querer novamente com a desquerência do outro. O fato é que, foi, não foi, Karina e Antônio foram destrocando juras para lá e para cá, cada vez mais muitas, e Nordestina acabou se acostumando com aquelas palavras de amor passeando pelas ruas até não sei que horas da madrugada. O nome de Antônio e o de Karina passaram a só andar juntos na boca do povo. Lá vêm Karina e Antônio, lá vão eles. A palavra sempre lhes servia de acompanhante. Os dois não se afastavam nem nas frases, nos nos cantos, nem mesmo no pensamento. Seus olhos também não se afastavam nunca, os dele dos dela, os dela dos dele, nem as bocas e nem as mãos. Os pedaços de um foram descobrindo os pedaços do outro, por partes, até chegar a hora em que cada pedaço de um conhecia o outro inteiro. Karina nunca tinha visto isso nem no filme. Não daquele jeito. Antônio também desconhecia esse negócio que dá dentro da pessoa nessa hora. Um negócio que só tem vantagem, uma atrás da outra, e bastam apenas dois para senti-lo, mais nada, podia existir coisa melhor na vida?
Na noite em que Antônio e Karina viraram um só de vez, quando todos os pedaços dos dois, sem faltar nenhum, se ajeitaram num mesmo espaço, e as duas bocas, enquanto separadas, murmuraram bobagens importantíssimas, e os dois pensamentos conheceram juntos lugares que não existem, coincidiu que a lua também estava cheia. E se a lua estava cheia, a noite também devia estar se sentindo o máximo."
trecho do livro "A máquina" - Adriana Falcão
Chico Buarque
Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão
Íamos todos os dois
Assim ao léo
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu