domingo, 27 de abril de 2008
Eu te amo não diz tudo...
EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!
(Arnaldo Jabour)
Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!
"Para conquistarmos algo na vida não é necessário, apenas, força ou talento; é preciso, acima de tudo, ter vivido um grande amor"
¬¬retirado do orkut da Lucinéti!
sábado, 26 de abril de 2008
Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque náo pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormis pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer a fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Marina Colasanti
domingo, 20 de abril de 2008
Gênesis do blog
Qual origem disso?
Primeiramente a tarefa não foi fácil. rs.
Eu até tinha outras idéias de nomes, mas os outros nomes já estavam sendo utilizados. Me cansei de tentar e deixei pra outro dia.
Pra dizer a verdade, o nome do blog surgiu então de duas músicas que gosto bastante:
All the small things - Blink 182
e
Meninos e meninas - Legião Urbana
A primeira pelo próprio nome, o ritmo, os caras...tudo mto legal..r.s.., e a segunda porque Legião é Legião...não tem como não gostar. E sempre tem um trecho da música que te toca mais. Nesse caso é "...são tudo pequenas coisas e tudo deve passar..."
Na verdade ficou um contraste legal. Quase sem querer. rs. Todas as pequenas coisas ao mesmo tempo que remete a algo que pode ser bom, como detalhes que te fazem feliz, enfim qualquer coisa, remete também a algo que, por ser justamente "pequenas coisas", pode muito bem ser esquecido. ;-)
ALL THE SMALL THINGS
All the small things
True care, truth brings
I'll take one lift
Your ride best trip
Always, I know
You'll be at my show
Watching, waiting, commiserating
Say it aint so, I will not go
Turn the lights off, carry me home
Na, na......
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MENINOS E MENINAS
Quero me encontrar, mas não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui
Acho que gosto de São Paulo
Gosto de São João
Gosto de São Francisco e São Sebastião
E eu gosto de meninos e meninas
Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre
Vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente
Estou cansado de bater e ninguém abrir
Você me deixou sentindo tanto frio
Não sei mais o que dizer
Te fiz comida, velei teu sono
Fui teu amigo, te levei comigo
E me diz: pra mim o que é que ficou?
Me deixa ver como viver é bom
Não é a vida como está, e sim as coisas como são
Você não quis tentar me ajudar
Então, a culpa é de quem? A culpa é de quem?
Eu canto em português errado
Acho que o imperfeito não participa do passado
Troco as pessoas
Troco os pronomes
Preciso de oxigênio, preciso ter amigos
Preciso ter dinheiro, preciso de carinho
Acho que te amava, agora acho que te odeio
São tudo pequenas coisas e tudo deve passar
quarta-feira, 16 de abril de 2008
** Tarô **
A carta invertida: Inquietação
Seus principais problemas no momento parecem ser interiores: a ansiedade, os receios, as preocupações etc. Você "se tortura" pela consciência da fugacidade das coisas. Teme não ser capaz de realizar as tarefas que lhe foram designadas.
A carta em pé: Crítica
Prognóstico de um período de autocrítica bastante frutífero, do qual você poderá tirar um grande aprendizado. As advertências de terceiros serão muito úteis para o seu amadurecimento. Reflita sobre os compromissos assumidos e as decisões tomadas.
A carta invertida: Falsidade
A carta, nesta posição, sugere que sua vida esta mergulhada em mentiras, falsidade, abuso de confiança e de poder. Seu comportamento superficial e condenável pode estar alimentando "amizades" igualmente duvidosas. Por tanto, cuidado ao confiar em pessoas que estão ao seu redor.
::..Runas..::
Transcendência
Poderosas forças transformadoras estão em ação. As mudanças serão radicais. Mas haverá luz depois da escuridão. Surge uma ponte mágica ligando o mundo dos sonhos com sua realidade atual, aproveite.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Sobra tanto, tanto falta....
SOBRA TANTA FALTA
(o teatro mágico)
Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá... sei lá... sei lá....
Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve...
Clássico
Baader-Meinhof Blues
Meu corpo é quente e estou sentindo frio
Todo mundo sabe e ninguém quer mais saber
Afinal, amar o próximo é tão demode.*"
Demode* = palavra francesa cujo significado é passado; algo velho, em mau estado; não é antigo ,é antiquado. Pode ser uma pessoa ,uma roupa, uma palavra, ou uma atitude... ;-)
domingo, 13 de abril de 2008
Pequenas Coisas
- Ahn?...(com a maior preguiça do mundo)
- Tá dormindo?
-Ahn ahn... (isso é um sim ou um não?...)
- Queria um copo d'água...tô com sede...
(entre uma coçadinha no olho, um resmungo incompreensível e uma ar de preguiça colossal, se levanta...)
- Gelada?
- É...
(sai e volta com um copo d'água gelado. Um gole apenas mata a sede...)
- Não vai beber mais?
- Não...deixa aí, se sentir sede de novo...vem pra cá...fica aqui pertinho de mim...
(me acorda pra um gole d'água!um gole...) "
terça-feira, 1 de abril de 2008
Coincidências não existem e nada acontece por acaso.
Sendo assim pode-se concluir que, o que aconteceu, não aconteceu de forma isolada, involuntariamente. Aconteceu porque a sequência dos fatos anteriores levou para que isso ocorresse dessa determinada forma.
Muitas vezes coisas não dão certo por precipitação, por uma tomada de decisão equivocada, por simplesmente "passar a carroça na frente dos bois".
Agora com um pouquinho mais de prudência (adoro essa palavra!) cada um consegue moldar os acontecimentos, no tempo necessário e imaginar um destino mais parecido com o real.
*absurdos: palavra que possui muitos pontos de vista ;-)
"Olha aí meu bem
Prudência e dinheiro no bolso
Canja de galinha não faz mal a ninguém"