quinta-feira, 26 de novembro de 2009

É preciso ter sonho, sempre!

Homem diagnosticado com 'coma' passa 23 anos consciente

Belga Rom Houben escutava e ouvia tudo à sua volta, mas não conseguia se comunicar com médicos


LONDRES - Um erro de diagnóstico fez um homem passar 23 anos consciente e "amarrado" a uma cama, enquanto médicos pensavam que ele estava em coma, na Bélgica. Rom Houben, que tinha 23 anos quando sofreu um acidente de carro que o deixou completamente paralisado, foi submetido a vários exames normalmente utilizados para diagnosticar o coma, baseados em respostas motoras, verbais e oculares.
Ele, no entanto, escutava e via tudo o que acontecia à sua volta, sem conseguir se comunicar com médicos, familiares e amigos. Apenas alguns meses atrás, exames com aparelhos de tomografia de última geração mostraram que seu cérebro estava funcionando de maneira praticamente normal. Mensagens Houben foi então submetido a várias sessões de fisioterapia e agora consegue digitar mensagens em uma tela de computador. Um aparelho especial colocado sobre sua cama permite que ele leia livros mesmo deitado. "Nunca vou me esquecer do dia em que descobriram qual era o meu verdadeiro problema. Foi meu segundo nascimento", disse. "Todo este tempo eu tentava gritar, mas não havia nada para as pessoas escutarem." "Frustração é uma palavra muito pequena para descrever o que eu sentia", afirmou, Houben, que deve permanecer internado em uma clínica perto de Bruxelas. O neurologista Steven Laureys, que liderou a equipe que descobriu a situação de Houben, publicou um estudo há dois meses alertando que muitos pacientes considerados em estado de coma na verdade podem estar conscientes. "Apenas na Alemanha, a cada ano, 100 mil pessoas sofrem de traumatismo cerebral grave. Estima-se que de 3 mil a 5 mil deles se mantêm presos em um estágio intermediário entre o coma verdadeiro e a total recuperação de seus sentidos e movimentos. Eles seguem vivendo sem nunca mais voltarem", disse Laureys, chefe do Grupo de Coma do Departamento de Neurologia da Universidade de Liège.

Perguntado sobre como ele conseguiu sobreviver durante todo esse tempo, ele respondeu: "Nunca deixei de sonhar."
=======

"Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre!
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida...."

Maria Maria - Milton Nascimento

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O mundo precisa de atenção


Entenda a COP 15
Saiba o que será negociado na 15ª Conferência das Partes, da ONU, entenda os diferentes interesses em jogo, a posição dos países em relação aos principais assuntos que envolvem o aquecimento global e a importância desse encontro para o planeta. É o destino da civilização humana que está em jogo em Copenhague


Thays Prado - Edição: Mônica Nunes




A COP-15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de dezembro deste ano, em Copenhague (Dinamarca), vem sendo esperada com enorme expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da civilização humana. Não é exagero. De acordo com o 4º relatório do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão que reúne os mais renomados cientistas especializados em clima do mundo, – publicado em 2007, a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C, em relação à era pré-industrial, até o final deste século, ou as alterações climáticas sairão completamente do controle. Para frear o avanço da temperatura, é necessário reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, já que são eles os responsáveis por reter mais calor na superfície terrestre. O ideal é que a quantidade de carbono não ultrapassasse os 350ppm, no entanto, já estamos em 387ppm e esse número cresce 2ppm por ano. Diminuir a emissão de gases de efeito estufa implica modificações profundas no modelo de desenvolvimento econômico e social de cada país, com a redução do uso de combustíveis fósseis, a opção por matrizes energéticas mais limpas e renováveis, o fim do desmatamento e da devastação florestal e a mudança de nossos hábitos de consumo e estilos de vida. Por isso, até agora, os governos têm se mostrado bem menos dispostos a reduzir suas emissões de carbono do que deveriam. No entanto, se os países não se comprometerem a mudar de atitude, o cenário pode ser desesperador. Correremos um sério risco de ver: - a floresta amazônica transformada em savana; - rios com menor vazão e sem peixes; - uma redução global drástica da produção de alimentos, que já está ocorrendo; - o derretimento irreversível de geleiras; - o aumento da elevação do nível do mar, que faria desaparecer cidades costeiras; - a migração em massa de populações em regiões destruídas pelos eventos climáticos e - o aumento de doenças tropicais como dengue e malária. COP-15: É AGORA OU NUNCA! Apesar de a UNFCCC se reunir anualmente há uma década e meia, com o propósito de encontrar soluções para as mudanças climáticas, este ano, a Conferência das Partes tem importância especial. Há dois anos, desde a COP-13 em Bali (Indonésia), espera-se que, finalmente, desta vez, tenhamos um acordo climático global com metas quantitativas para os países ricos e compromissos de redução de emissões que possam ser mensurados, reportados e verificados para os países em desenvolvimento. A Convenção vai trabalhar com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Isso significa que os países industrializados, que começaram a emitir mais cedo e lançam uma quantidade maior de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera em função de seu modelo de crescimento econômico, devem arcar com uma parcela maior na conta do corte de carbono. Por isso, a expectativa é de que os países ricos assumam metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão em relação ao ano de 1990, até 2020. Os países em desenvolvimento, por sua vez, se comprometem a reduzir o aumento de suas emissões, fazendo um desvio na curva de crescimento do “business as usual” e optando por um modelo econômico mais verde. É isso o que fará com que Brasil, Índia e China, por exemplo, possam se desenvolver sem impactar o clima, diferentemente do que fizeram os países ricos. Para mantermos o mínimo controle sobre as consequências do aquecimento global, a concentração global de carbono precisa ser estabilizada até 2017, quando deve começar a cair, chegando a ser 80% menor do que em 1990. PROTOCOLO DE KYOTO – PARTE 2 Engana-se quem pensa que as decisões tomadas na COP-15 substituirão o Protocolo de Kyoto. Na realidade, paralelamente à Conferência, mas no mesmo espaço, é realizada a 5ª Reunião das Partes do Protocolo de Kyoto, que deve definir quais serão as metas para os países do chamado Anexo I, para o segundo período de compromisso do documento, que vai de 2013 a 2017. Várias das reuniões que ocorrem nos quinze dias de encontro servem, ao mesmo tempo, aos dois eventos. Até 2012, os países desenvolvidos signatários do Protocolo, devem reduzir suas emissões em 5,2%. Espera-se que os Estados Unidos, que se recusaram a assinar o documento em 1997, tenham uma postura diferente, agora sob a gestão Obama. A PAUTA DA COP EM CINCO EIXOS Na COP-13 foram estabelecidos cinco blocos de sustentação para a 15ª Conferência das Partes, que representam os pontos cruciais que devem ser discutidos e acordados entre os países. São eles: 1. Visão Compartilhada: Antes de qualquer acordo, é necessário que os países definam que haverá um objetivo global de redução de emissões, deixando claro quais são o aumento de temperatura e, especialmente, a concentração de gases de efeito estufa considerados limites. Esses números estão longe de ser um consenso até agora. Enquanto os países mais vulneráveis desejam metas rigorosas, os países que terão de arcar com a conta do aquecimento global torcem por menos rigidez. 2. Mitigação: A necessidade de cortar emissões de carbono é indiscutível. No entanto, os países em desenvolvimento argumentam que as mudanças climáticas que presenciamos atualmente se devem à concentração do carbono emitido pelos países ricos desde o início da Revolução Industrial e, portanto, apenas eles deveriam assumir metas de redução de emissão. Por outro lado, os países desenvolvidos alegam que os países do BIC (Brasil, Índia e China) vem aumentando suas emissões rapidamente e, em breve, devem superar os primeiros em volume de gases de efeito estufa lançados na atmosfera. Por isso, eles exigem que os países em desenvolvimento também se comprometam a diminuir emissões. Se o “Mapa do Caminho de Bali” for mesmo respeitado, na COP-15, a discussão deve focar mais nos auxílios financeiro e tecnológico dos industrializados destinados aos países em desenvolvimento, para que façam a mitigação sem comprometer sua economia. As regras dos mecanismos de compensação de emissões, créditos de carbono e preservação florestal, como MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, REDD – Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal e NAMAS – sigla em inglês para Medidas Nacionalmente Apropriadas de Mitigação, devem ser mais bem formatadas. 3. Adaptação: Os países pobres, que ironicamente menos contribuem para o aquecimento global, são os mais vulneráveis às inevitáveis alterações climáticas que já estamos presenciando e veremos se tornar cada vez mais frequentes. Eles necessitarão de recursos financeiros e tecnológicos para incrementarem sua infraestrutura e se protegerem das catástrofes que estão por vir. Atualmente, discute-se a criação de um fundo internacional de adaptação com essa finalidade. 4. Transferência de Tecnologias: Inovações tecnológicas são, cada vez mais, imprescindíveis para que possamos mudar nosso modelo de desenvolvimento para uma economia de baixo carbono, baseada, especialmente, em fontes limpas de energia, aumento da eficiência energética, substituição de combustíveis fósseis e desmatamento-zero. É preciso definir de que maneira o conhecimento tecnológico dos países desenvolvidos será transferido para os demais. Cogita-se, inclusive, a quebra de patentes para facilitar o acesso à tecnologia que pode ajudar a conter o aquecimento global. 5. Apoio Financeiro: Será fundamental que os países ricos destinem recursos financeiros para que os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos realizem suas ações de mitigação e adaptação e desenvolvam tecnologias. Atualmente, estima-se que esse montante seja de 150 bilhões de dólares até 2030, distribuídos entre o mecanismo de NAMAS, a preservação florestal e a adaptação. A quantidade não é suficiente, estima-se que seriam necessários pelo menos o dobro de recursos. Para se ter uma ideia, para controlar a crise financeira e evitar a quebra dos bancos, 4 trilhões de dólares foram disponibilizados. QUEM PARTICIPA E QUAIS SÃO OS RISCOS DESTA COP Normalmente, as Conferências das Partes acontecem durante duas semanas. Os ministros de cada país costumam chegar só depois da primeira semana e a discussão ganha força – mesmo! - apenas nos últimos dias ou horas. Participam da Conferência, com poder de voto, os Estados Nacionais que são signatários da Convenção e/ou do Protocolo de Kyoto, por meio de suas delegações. Outros países podem participar do encontro como observadores, assim como as ONGs. Os observadores podem se manifestar nas reuniões formais por meio de propostas escritas, que são lidas ao público, mas não têm poder de decisão. Os chefes de estado não participam, obrigatoriamente, da COP, mas seria desejável que eles comparecessem para dar peso à Convenção. Há uma grande expectativa de que o presidente norteamericano Barack Obama esteja presente, o que faria com que muitos outros também aparecessem por lá. No entanto, corre-se o risco de que, assim como aconteceu em 1997, na definição do Protocolo de Kyoto, esses chefes de Estado se reúnam a portas fechadas e negociem sozinhos, invalidando a Convenção e tornando o processo menos democrático e transparente. Organizações como a CAN – Climate Action Network, constituída por cerca de 365 ONGs, que se articulam para que os objetivos da Convenção sejam cumpridos, e a campanha internacional Tck Tck Tck estão empenhadas em fazer pressão e evitar que isso aconteça. Ainda corre-se o risco de a COP-15 terminar sem acordo nenhum ou com propostas bem inferiores ao que seria necessário para controlarmos o aquecimento global, o que seria uma verdadeira tragédia para todos os povos. Infelizmente, muitos especialistas não têm se mostrado esperançosos com Copenhague, já que os países desenvolvidos vêm apresentando números inferiores ao esperado. Há quem acredite que a mudança em relação às emissões de carbono não virá de uma discussão internacional como essa e, sim, da sociedade civil, dos setores privados, de cidades que se virem ameaçadas pelas alterações do clima. Até dezembro, nos resta apoiar aos diversos movimentos de diferentes setores, que têm encaminhado propostas ao governo para contribuir com as decisões internacionais, cobrar de nossos representantes e torcer.* COP-15* CAN - Climate Action Network* Tck Tck Tck Fontes:- Publicações da ONG Vitae Civilis: "Antes que seja tarde: a urgência de uma resposta negociada entre nações para os desafios de mudança do clima" e "Panorama dos atores e iniciativas no Brasil sobre mundanças do clima" e palestras.
A COP-15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de dezembro deste ano, em Copenhague (Dinamarca), vem sendo esperada com enorme expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da civilização humana. Não é exagero. De acordo com o 4º relatório do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão que reúne os mais renomados cientistas especializados em clima do mundo, – publicado em 2007, a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C, em relação à era pré-industrial, até o final deste século, ou as alterações climáticas sairão completamente do controle. Para frear o avanço da temperatura, é necessário reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, já que são eles os responsáveis por reter mais calor na superfície terrestre. O ideal é que a quantidade de carbono não ultrapassasse os 350ppm, no entanto, já estamos em 387ppm e esse número cresce 2ppm por ano. Diminuir a emissão de gases de efeito estufa implica modificações profundas no modelo de desenvolvimento econômico e social de cada país, com a redução do uso de combustíveis fósseis, a opção por matrizes energéticas mais limpas e renováveis, o fim do desmatamento e da devastação florestal e a mudança de nossos hábitos de consumo e estilos de vida. Por isso, até agora, os governos têm se mostrado bem menos dispostos a reduzir suas emissões de carbono do que deveriam. No entanto, se os países não se comprometerem a mudar de atitude, o cenário pode ser desesperador. Correremos um sério risco de ver: - a floresta amazônica transformada em savana; - rios com menor vazão e sem peixes; - uma redução global drástica da produção de alimentos, que já está ocorrendo; - o derretimento irreversível de geleiras; - o aumento da elevação do nível do mar, que faria desaparecer cidades costeiras; - a migração em massa de populações em regiões destruídas pelos eventos climáticos e - o aumento de doenças tropicais como dengue e malária. COP-15: É AGORA OU NUNCA! Apesar de a UNFCCC se reunir anualmente há uma década e meia, com o propósito de encontrar soluções para as mudanças climáticas, este ano, a Conferência das Partes tem importância especial. Há dois anos, desde a COP-13 em Bali (Indonésia), espera-se que, finalmente, desta vez, tenhamos um acordo climático global com metas quantitativas para os países ricos e compromissos de redução de emissões que possam ser mensurados, reportados e verificados para os países em desenvolvimento. A Convenção vai trabalhar com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Isso significa que os países industrializados, que começaram a emitir mais cedo e lançam uma quantidade maior de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera em função de seu modelo de crescimento econômico, devem arcar com uma parcela maior na conta do corte de carbono. Por isso, a expectativa é de que os países ricos assumam metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão em relação ao ano de 1990, até 2020. Os países em desenvolvimento, por sua vez, se comprometem a reduzir o aumento de suas emissões, fazendo um desvio na curva de crescimento do “business as usual” e optando por um modelo econômico mais verde. É isso o que fará com que Brasil, Índia e China, por exemplo, possam se desenvolver sem impactar o clima, diferentemente do que fizeram os países ricos. Para mantermos o mínimo controle sobre as consequências do aquecimento global, a concentração global de carbono precisa ser estabilizada até 2017, quando deve começar a cair, chegando a ser 80% menor do que em 1990.

==================================================================




Gostar de quem não gosta de mim...

"Desenvolver força, coragem e paz interior demanda tempo. Não espere resultados rápidos e imediatos, sob o pretexto de que decidiu mudar. Cada ação que você executa permite que essa decisão se torne efetiva dentro de seu coração."

Retirei essa frase do blog: http://paravivermelhoremaisfeliz.blogspot.com/

acessem, é uma gracinha!

"Jogue suas mãos para o céu e agradeça se acaso tiver, alguém que você gostaria que estivesse sempre com você, na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê..."

Porque desejar mal para os outros não é legal.

Ciumenta!


Não, não, não! Isso não é música de César Menotti e Fabiano (ai jesuis!) menos... calma...


vi essa fotinho na internet e achei uma fofura!falar sobre ciúmes não é nada fácil...mas a gente pode tentar. É óbvio que um pouquinho de ciúmes em um relacionamento a dois acaba sendo uma coisa gostosa e fácil de levar. O problema é a palavra "pouquinho". Talvez as pessoas possuam uma concepção diferente do que é esse "pouquinho" rs. Mas quando pessoas se gostam de verdade, por mais ciúmes que exista, há coisas que superam. Fato que uma conversa que poderia levar 30 minutinhos acaba levando 3 horas, mas isso é o de menos. Exercitar a paciência, acredite, é um dom! Admiro aqueles que conseguem....(rs). O mais importante é entender o porque esse sentimento se aflora na outra pessoa. Os motivos podem ser diversos: insegurança, medo, sentimento de culpa, abandono, frustação, ansiedades, stress, TPM, ou menos neura, simplesmente ciúmes ora! Realmente o essencial é conversar, conversar e conversar... Existem aquelas pessoas que têm ciúmes das amigas, do gato, do cachorro... aí é complicado... Mas quando a gente fala de ciúmes de namorado somente, então é compreensível (desde que tenha uma boa explicação também...).


Enfim, acredito que quem ama, tem ciúmes!


e viva o Cesar Menotti e Fabiano! ahahahah

Alegria Alegria - Eu vou!

Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...

O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...

O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...

Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não...

Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...

Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...

Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...

Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...
Por que não, por que não...Por que não, por que não...Por que não, por que não...Por que não, por que não...

-------

Essa música é muito gostosinha, e muito de verdade... a-do-ro